Havia um habilidoso artista plástico que se dedicava a criar floreiros de barro. Seu ateliê ficava em uma praça movimentada, onde ele observava o vai e vem das pessoas enquanto esculpia suas peças. No entanto, sua busca pela perfeição era implacável: qualquer floreiro que saísse ligeiramente torto era descartado sem hesitação.
Um dia, uma garota encantadora cruzou a praça. O artista, hipnotizado por sua beleza, cometeu um erro e moldou um floreiro levemente desalinhado. Quando a garota se aproximou e expressou interesse em comprá-lo, ele hesitou. Afinal, aquele floreiro estava imperfeito. Mas ela insistiu, querendo exatamente aquele objeto torto.
Com o tempo, a cena se repetiu: a garota retornava, errava a mão no floreiro e o levava consigo. Intrigado, o artista começou a perceber algo especial. A garota não via defeitos; ela enxergava a singularidade de cada peça. Um dia, ela o surpreendeu com um convite para uma exposição de arte, onde ela seria a expositora. Para sua surpresa, os floreiros "imperfeitos" eram as estrelas da mostra.
A garota explicou: "Toda obra-prima é criada em um momento único de inspiração, quando a mão se alinha perfeitamente e realiza algo que ninguém mais pode replicar. Isso é o que torna cada peça única e valiosa."
O artista, emocionado, valorizou o gesto delicado da especialista em arte. A partir desse dia, ele compreendeu que a verdadeira perfeição reside na singularidade de cada criação.
Moral da história
"A verdadeira beleza reside na singularidade de cada criação, e é nos detalhes imperfeitos que encontramos a verdadeira perfeição."